O cérebro não sabe que temos olhos, mas os olhos refletem o que está a acontecer no cérebro e podem influenciar a forma como nos lembramos das coisas e tomamos decisões. Por exemplo, o cérebro inverte as imagens captadas pelos olhos, que estão de cabeça para baixo, para que as vejamos na posição normal. Este processo ocorre rapidamente e não é perceptível.
![Cérebro](https://static.wixstatic.com/media/e94668_a47e393851044fb09cd9e3cd83ea68f1~mv2.jpg/v1/fill/w_750,h_465,al_c,q_80,enc_auto/e94668_a47e393851044fb09cd9e3cd83ea68f1~mv2.jpg)
Na verdade, mais de um terço do nosso cérebro é dedicado exclusivamente à tarefa de analisar cenas visuais. A ilustração à direita mostra como as áreas V1 e V2 do cérebro podem usar informações sobre bordas e texturas para representar objetos como o ursinho de pelúcia à esquerda.
A ideia de que o cérebro não sabe que nossos olhos existem é um pouco simplificada, mas tem um fundo de verdade. O cérebro não processa a visão da mesma maneira que processa outras informações sensoriais. A percepção visual é complexa e envolve várias áreas do cérebro.
Aqui está uma forma de entender isso: os olhos capturam a luz e a convertem em sinais elétricos que são enviados ao cérebro. A área visual do cérebro, localizada principalmente no lobo occipital, interpreta esses sinais e constrói a nossa percepção do mundo. O cérebro não está ciente dos próprios olhos como entidades físicas; ele apenas usa os sinais que recebe para formar uma imagem do que está ao nosso redor.
Além disso, há um fenômeno conhecido como "cegueira para o ponto cego". Cada olho tem uma área onde o nervo óptico se conecta à retina, sem células fotossensoriais. Normalmente, o cérebro preenche essa lacuna com informações de outros pontos da visão, tornando o ponto cego inconsciente para nós. Isso é um exemplo de como o cérebro foca na percepção e não na própria estrutura dos olhos.
Comments